Amor Próprio: Não é Vaidade, é Sanidade – Descubra Porque

Saiba o que é amor próprio, por que ele é essencial para sua saúde mental, e como cultivá-lo diariamente.

por Marília Teixeira

Quando falamos em amor próprio, muitas pessoas ainda confundem o conceito com vaidade ou egoísmo. Porém, o amor próprio é muito mais do que isso: ele é a base para a saúde emocional, para relações mais equilibradas e, sobretudo, para o bem-estar mental. Vamos entender juntos o que significa amar a si mesmo e como isso pode transformar sua qualidade de vida.

O que é amor próprio?

Amor próprio é a habilidade de reconhecer o seu valor e tratar-se com o mesmo respeito que você ofereceria a alguém importante em sua vida. É uma prática de aceitação, autocompaixão e autocuidado. Diferentemente de buscar perfeição ou aprovação externa, o amor próprio está enraizado na compreensão de que você é suficiente exatamente como é.

Isso significa acolher seus desafios e limitações, lidar com seus erros de uma forma construtiva e valorizar suas conquistas, o que promove equilíbrio e fortalece a saúde mental.

Amor próprio não é vaidade

Enquanto a vaidade frequentemente busca a validação externa — como elogios ou atender padrões estéticos —, o amor próprio valoriza o ser, e trata o ter e o fazer, como consequência de uma relação saudável consigo mesmo.

Isso não quer dizer que cuidar da aparência ou valorizar a estética seja algo errado — pelo contrário, pode ser parte de uma rotina saudável. Vale a reflexão: você faz isso por você ou para agradar aos outros?

Com frequência a vaidade leva a inseguranças e comparação constante, enquanto o amor próprio enseja autoaceitação e autovalorização no seu cerne. Assim, cuidar da aparência, se torna um subproduto da prática do amor próprio e não uma condição para a existência.

Por que amor próprio é sanidade?

A falta de amor próprio pode trazer sérias consequências para a saúde mental, dentre outras, mas não limitadas a essas, perfeccionismo, baixa autoestima, dificuldade em estabelecer limites, codependência, autodesvalorização e até autossabotagem. Como resultado disso a pessoa fica suscetível a desencadear um processo de ansiedade ou depressão.

Enquanto o déficit de amor próprio, leva a pessoa a se desconectar da própria identidade, na tentativa de agradar aos outros ou buscando atender expectativas irreais. O amor próprio fortalece sua resiliência emocional, ajudando-o a enfrentar desafios com maior segurança de si mesmo. De modo a criar uma base sólida para que se possa lidar com as adversidades a partir da sua identidade, que é o cerne de tudo.

Pessoas que confundem amor próprio com vaidade podem focar excessivamente em atender padrões de beleza ou em receber elogios, mas, internamente, podem sofrer com inseguranças ou baixa autoestima. O amor próprio autêntico, por outro lado, está mais ligado ao cuidado com a mente e o coração: é sobre sentir-se bem consigo mesmo, independentemente das circunstâncias externas.

Alguns benefícios diretos do amor próprio incluem:

  • Redução do estresse: Você deixa de carregar a pressão de agradar a todos; quem você é se torna suficiente.
  • Relacionamentos saudáveis: Quando você se valoriza, consegue distinguir entre conexões que respeitam quem você é daquelas que visam usar, tirar vantagem, etc.
  • Aumento da autoestima: Você se sente mais confortável com suas escolhas e suas imperfeições.

Como praticar amor próprio diariamente?

Amor próprio é prática, é ação contínua. Pequenas ações podem fazer uma grande diferença na forma como você se enxerga e se relaciona consigo mesmo.

  1. Priorize o autocuidado Reserve tempo para cuidar de si, seja com alimentação saudável, exercícios, momentos de lazer ou descanso adequado. Torne isso uma rotina.
  2. Pratique a autocompaixão Quando errar, trate-se como trataria um amigo querido: com acolhimento, compreensão, empatia e gentileza.
  3. Estabeleça limites Dizer “não” para preservar sua saúde emocional é um ato de amor próprio, não de egoísmo.
  4. Valorize suas conquistas Reconheça e celebre cada progresso, por menor que pareça.
  5. Escolha relacionamentos saudáveis Cerque-se de pessoas que respeitam e valorizam quem você é.
  6. Procure apoio profissional A psicoterapia é uma ferramenta poderosa para trabalhar questões como baixa autoestima, autossabotagem e crenças rígidas.

Esqueça essa ideia de que amor próprio está relacionado ao quanto você é perfeita (o) ou que se priorizar seja arrogância. Tente identificar: De onde vem essa crença? Com quem você aprendeu isso?

Como psicóloga e neuropsicóloga, vejo diariamente como o amor próprio pode ser transformador em vários aspectos na vida de uma pessoa. Trata-se de uma prática constante que fortalece a saúde mental, melhora os relacionamentos, encoraja conquistas e realizações, enfim, ampara o sujeito por inteiro.

Hoje, que tal refletir: o que você pode fazer por si mesma(o)? Cultive o hábito de se priorizar e veja como isso pode melhorar a sua qualidade vida.

Lembre-se: amor próprio não é vaidade, é sanidade! 💙

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